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Publicado a 13/10/2018

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João Ferreirinho

História de Sucesso com João Ferreirinho

João Ferreirinho

Chamo-me João Ferreirinho e tenho 29 anos. Tirei a licenciatura na ESSCVP e mais tarde mestrado em fisioterapia do desporto de alto rendimento pela Universidade Autónoma de Barcelona. Posteriormente já fiz várias formações como Podoposturologia, Osteietiopatia, NKT, Osteopatia pediátrica, Rocabbado, barefoot, entre outras.

Desde muito novo que faço deporto, iniciei na Natação e no Karaté, modalidade que pratiquei cerca de 10 anos, em que os últimos foram de competição. Pratiquei Andebol e mais tarde, apenas aos 16 anos comecei a jogar Basquetebol.

A paixão pelo desporto levou-me a escolher a estudar Fisioterapia e também a curiosidade e interesse que tinha pelo corpo humano. Aos 18 anos fui para Lisboa para a Universidade e "ofereci-me" para jogar num clube que é o Atlético clube de Portugal que era o mais próximo de minha casa e da Universidade.

Essa época desportiva correu tão bem que terminou com uma chamada à selecção nacional, onde fui ao Europeu na Roménia. No ano seguinte fui contratado pelo SL Benfica, onde joguei durante mais 3 anos.

Nem sempre foi fácil conciliar as aulas, com os treinos e com os estudos, mas o pior eram os estágios curriculares que me faziam faltar a alguns treinos durante o dia. Felizmente tive a sorte de conhecer pessoas durante este caminho que se orgulhavam do percurso que eu estava a tomar e fizeram de tudo para me facilitar a vida.

Terminado o curso e perante o aliciamento de algumas equipas para que me mudasse para lá decidi tirar um ano sabático, para perceber o que queria para a mina vida, basquetebol ou exercer fisioterapia.

Fui viver para a Madeira onde joguei durante uma época e percebi que a vida para mim teria de ser muito mais do que comer, treinar, dormir e jogar. Para ser atleta de alta competição tem-se que abdicar de muita coisa e senti que estava a viver uma vida que não era a que eu idealizava para mim.

Decidi por um ponto final na minha carreira de atleta profissional apenas com 23 anos, foi nessa altura que abri um gabinete de fisioterapia em Leiria (cidade natal) e fui tirar o mestrado para Barcelona.

Ao longo do meu percurso profissional fui percebendo o que quero para a minha carreira e a minha forma de olhar para o corpo humano e para a saúde foi mudando. Neste momento tenho os objectivos bem traçados na minha cabeça e sei a abordagem que quero ter com os meus pacientes.

Neste momento a minha aposta vai para a postura, avaliar e alterar a forma como o corpo reage à gravidade. Tento ao máximo trabalhar na prevenção, cada criança que me visita na clínica eu avalio e tento de alguma forma perceber de que consequências podem ocorrer com as pequenas alterações posturais que já apresentam. A ideia é corrigir prematuramente de forma a que não tragam consequências negativas para o paciente.

Para fazer esse trabalho é preciso uma equipa interdisciplinar, equipa essa que aos poucos começo a formar na minha clínica com médicos que partilham a mesma visão, fisioterapeutas e podologistas. É feito também um trabalho externo com médicos dentistas, com optometristas e com personal trainers. O meu objectivo é um dia ter tudo numa só clínica, mas até lá ainda há um longo percurso a percorrer e há que mudar algumas mentalidades da nossa população.

Acho que a prática privada será o futuro da saúde em Portugal e para termos qualidade na saúde é preciso aproximarmos o nosso modelo de saúde mais ao americano ou brasileiro, a saúde de qualidade tem de ser paga, o grande problema é que os valores praticados não estão ao alcance de todos e seria muito injusto não haver acesso a cuidados de saúde apenas por não haver dinheiro. A melhoria da saúde é algo que terá de caminhar lado a lado com a melhoria da economia mas principalmente com a melhoria, isenção e imparcialidade da nossa politica. 

Algo que me assusta no nosso país quanto à nossa área profissional é o facto de ver jovens com 21/22 anos que mal saem da universidade abrem logo uma clínica. Penso que o passo de abrir um estabelecimento de prestação de cuidados de saúde tem de ser muito bem pensado e requer uma humildade muito grande para sabermos quando devemos atuar e quando devemos reencaminhar e não pensar apenas em fatores comercias e monetários.

Com a banalização e número de clínicas seja de Fisioterapia, seja de Osteopatia a aumentar a uma escala assustadora, o padrão de qualidade baixa, o que faz com que muitas das vezes a nossa área esteja mal vista perante a comunidade médica ou perante a comunidade no geral. 

Dentro das várias formações que fiz na Bwizer a que mais me marcou foi a Osteoetiopatia que foi exatamente de encontro ao que eu procurava, que era algo mais abrangente comparativamente com a osteopatia classica. 

O meu conselho para quem se está a iniciar agora é que pensem bem, trabalhem uns anos e definam objectivos antes de começar a pensar nos fatores monetários. 

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