Exoesqueleto neuro-robótico restaura função da mão de tetraplégicos

Uma equipa de cientistas europeus restaurou, com sucesso, a função agarrar a seis tetraplégicos usando um exoesqueleto neuro-robótico não invasivo.

Embora fosse frequentemente assumido que a normalização da função manual baseada na interface máquina-cérebro (IMC) fora do laboratório exigiria a implantação cirúrgica de eletrodos neurais, este estudo, agora apresentado na edição inaugural da Science Robotics, parece apontar o contrário, já que usou apenas a atividade cerebral elétrica registrada no couro cabeludo, evitando assim qualquer procedimento cirúrgico invasivo.

Os investigadores afirmam que esta nova abordagem melhorará significativamente a qualidade de vida após lesão medular cervical alta ou acidente vascular cerebral. O sistema traduz a atividade elétrica do cérebro e os movimentos oculares em movimentos de abertura e fechamento da mão, restabelecendo a função intuitiva de agarrar a um nível quase normal. Graças ao hardware portátil e sem fios integrado na cadeira de rodas, os participantes podem mover-se livremente e usar o sistema no seu ambiente e contexto.

Além da melhoria imediata na capacidade de realizar atividades de vida diária, estudos clínicos recentes sugerem que o uso repetido deste tipo de exoesqueletos controlados pelo cérebro poderá induzir recuperação neurológica pós lesão. Esta neuroplasticidade relacionada com o IMC pode, portanto, tornar-se uma poderosa ferramenta para tratar distúrbios neuropsiquiátricos, como depressão ou distúrbios cognitivos que atualmente representam a terceira causa principal de anos perdidos por doença, deficiência ou morte prematura. Continuam, contudo a ser necessários mais ensaios clínicos em grande escala serão necessários para a validação adicional.

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Fonte: Science Robotics

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